Hoje, 08 de dezembro de 2017, eu dando uma
olhada no retrovisor da estrada da minha vida, vejo que fazem 59 anos que a
minha turma de escola, abaixo mencionada, se reunia para receber o certificado
de conclusão do curso primário. Isso aconteceu no dia 08 de dezembro de 1958.
Naquele tempo uma formatura
do Grupo escolar Padre Américo (Hoje Escola Estadual Padre Américo)
era uma grande festa. E a nossa festa não foi diferente.
Realmente, diferente era a
filosofia escolar. Embora as condições das escolas fossem fracas e deixassem a
desejar, os alunos saiam mais bem preparados. A disciplina era rigorosa e a
ação da professora não era somente o ensinamento escolar. A professora era
considerada “segunda mãe” e o que uma professora falava, estava falado; fato extremamente
importante para um aluno no verdor dos anos. Interessante, e eu sinto isso
hoje, é que o relacionamento entre aluno e professora era muito diferente, era
um relacionamento bem mais familiar do que se vê nos dias atuais.
As provas eram muito mais
difíceis do que atualmente. Não havia recurso para quem fosse reprovado. Eram
duas provas: oral e escrita. A prova oral era aplicada por uma professora
diferente daquela que teria sido a doutrinadora. E a prova escrita era
corrigida na cidade de Formiga. Tínhamos que ficar aguardando o resultado. Quem não fosse
aprovado teria que repetir o ano. Lembro-me, e jamais me esquecerei de que no
ano de 1956 a minha classe foi praticamente toda, reprovada, “bombardeada”,
graças aos problemas de transferência de uma professora.
Nesse dia da nossa
formatura, o cinema ficou superlotado, o nosso paraninfo foi um deputado vindo
de Belo Horizonte, muitos discursos e monsenhor Castro esnobou o seu discurso
dentro da sua maravilhosa eloquência e o seu vasto poder de oratória.
Depois disso, cada um tomou
o seu rumo. Uns ficaram em Candeias, outros foram para fora a fim de continuar
os estudos; e outros acompanharam os seus pais indo morar em outros lugares.
Felizmente, a nossa
professora do ano de 1958 que assinou o nosso certificado, ainda é viva e está
em Candeias. Trata-se da senhorita, Maria do Carmo Bonaccorsi. – Também recebeu
a assinatura da então diretora, já falecida, a senhora Maria do Carmo Alvarenga
e do Inspetor, Sr. Nestor Lamounier. ---- O inspetor era escolhido e nomeado
pela política e poderia ser um leigo. O Sr. Nestor Lamounier era mecânico e
teria sido nomeado Inspetor escolar, como muitos outros constantes na história
da educação candeense, como Miguel Albanez e num tempo mais remoto, o Sr.
Américo Paiva, um grande benemérito do ensino em Candeias.
Hoje, desse tempo só resta
lembranças. Estamos idosos. Tornamo-nos avós e bisavós; outros já faleceram ou
se encontram doentes.
Eu quero nesta oportunidade,
abraçar a todos os meus companheiros dessa confraria, e àqueles que já foram
levados por Deus, recebam também o nosso abraço, onde quer que estejam.
Alunos
que receberam o certificado de conclusão do curso primário no dia 08 de
dezembro de 1958 no Grupo Escolar Padre Américo, sendo professora, a Srta.
Maria do Carmo Bonaccorsi, Diretora, Sra. Maria do Carmo Alvarenga, e Inspetor,
Sr. Nestor Lamounier:
Antônia
Aparecida Vilela, Antônio Italo Freire, Armando
Melo de Castro, Clarice Alvarenga, Helio Melo da Silva, Jadír Melo, Jesus
Alves Resende, João Faria, José Gonçalves, Márcio Miguel Teixeira, Marlene
Aparecida Martins, Marli dos Reis Alves, Nelli Manda Ramos Melo, Neri Ferreira
Barbosa, Odete Lopes da Trindade, Raimundo Ferreira de Oliveira, Renê Ferreira
de Oliveira, Sebastiana dos Santos, Sebastião Alves Resende, Silvio José
Rodrigues, Silvio Lopes da Silva, Teresinha Luiza Alves, Teresinha Mori, Zélia
Alves Alvarenga e Zilene Vilela Alvarenga.
Eu gostaria muito de receber notícias de todos esses amigos e ou familiares.
Meus
colegas de outros anos do curso estão nesta página do nosso Blog CLIQUE AQUI :
https://candeiasmg.blogspot.com.br/2011/01/meus-colegas-de-escola.html
Armando Melo de Castro
Candeias MG Casos e Acasos
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